Asdrúbal Serrano "retorna" à FEBEM

No início de setembro/08 iniciei uma oficina de teatro em algumas Unidades de Internação (UI) do Complexo da Raposo Tavares, da Fundação CASA.

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Em mais de dez encontros e com a proposta de viabilizar laboratórios pontuais e semanais de teatro popular (com a junção de três eixos: Teatro Dialético - de Brecht, Teatro do Oprimido - de Augusto Boal e Teatro Pobre - de Jerzy Growtoviski), três unidades da Raposo se preparam para exibições "públicas" dos seus trabalhos.

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Como proposta inicial o tema foi Sociedade.

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Segue uma breve descrição das ações.

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UI 22 - Rádio Neurose

release: Uma rádio nada convencional apresenta quatro esquetes. O primeiro mostra a imposição cultural do cinema hollywoodiano. O segundo apresenta "O Circo do Seu Léo" que faz uma sátira ao Cirque de Soleil e questiona a relação entre patrão (dono do circo) e empregado (palhaços em reivindicações). O terceiro mostra a relação familiar por meio da pantomima e, por fim, as falsas promessas políticas nas comunidades. Duração 40m.

ação: O grupo fez apresentações para os familiares e se preparam para a realização de uma sessão de teatro-fórum com data a definir.

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UI 27 - O Povo e o Poder

release: Anastácio é um cidadão comum que enfrenta uma greve de trabalhadores na fábrica de bonecas onde trabalha. Despedido, passa a fazer "bicos" de pedreiro na favela em que mora. Enquanto trabalha recebe a visita do prefeito Kassab que tenta comprar o seu voto. Passando por dificuldades financeiras é abandonado pela família, procura uma igreja evangélica para se libertar de vícios. Duração 30m.

ação: O grupo se apresentará para os familiares no dia de visita do próximo sábado e realizará uma sessão de teatro-fórum na última quarta-feira de outubro, às 14h.

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UI 28 - Perifa

release: A relação política, social e cultural do jovem nas comunidades carentes.

ação: em andamento. Estão previstas apresentações em novembro para os familiares e uma sessão de teatro-fórum.

A convite do Projeto Guerreiros Urbanos e da FESP-SP, senador Suplicy realiza palestra na Ação Educativa

O senador Eduardo Matarazzo Suplicy realizou no auditório da Ação Educativa (na Rua General Jardim, Vila Buarque, São Paulo/SP), na manhã desta segunda-feira (06/10/08), a convite do Projeto Guerreiros Urbanos e da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo uma exposição sobre o RBC (Renda Básica de Cidadania), conforme previsto na Lei 10.835/2004, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004.

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O senador discorreu sobre o tema “Como transitar ‘do Bolsa Família’ para a ‘Renda Básica de Cidadania’”, apresentando um breve histórico dos programas de renda básica que contemplam medidas como a redistribuição das riquezas geradas, demonstrando, desta forma, o processo de desenvolvimento do projeto Renda Mínima Cidadã.

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O projeto é considerado pelo senador como um marco para o desenvolvimento da sociedade do século XXI. De acordo com ele, os benefícios desta medida são comparáveis aos causados pelo fim da escravidão. “A renda básica erradica a pobreza e garante maior liberdade, tornando mais possível o desenvolvimento da sociedade”. Declarou o senador.

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Houve, ainda, uma explanação sobre as experiências pioneiras no estado do Alaska, nos Estados Unidos e do pioneirismo de Paranapiacaba, na Grande São Paulo.

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Suplicy finalizou o encontro exibindo um vídeo sobre uma viagem realizada no início deste ano ao Iraque para a exposição do projeto de renda básica naquele país e defendeu a idéia “o suprimento das necessidades básicas compõe grande parte das teorias de justiça presentes ao longo da história”.

Projeto Guerreiros Urbanos inicia pesquisa sobre a segregação de meninas em situação de rua

O Projeto Guerreiros Urbanos, por meio da Cia. Caracol de Teatro Popular iniciou no último sábado (04/10/08) os primeiros laboratórios do Projeto Aviltadas.

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Nesta primeira fase, o projeto está selecionando notícias da imprensa convencional (jornais, revistas, televisão e internet) que abordem a violência em suas diversas formas praticadas contra a infância para a preparação das FP's (fichas de pesquisa) e do registro da linguagem falada do referido universo. Todas as notícias serão descontruídas e encenadas por meio da Técnica de Dramaturgia para o Teatro Popular compreendida em preparação+conflito+desenlace e serão temas para improvisações, refinamento das informações, debates e preparação das FD's (fichas de dramaturgia).

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Os temas para a pesquisa desta primeira fase serão:
a) violência contra a infância;
b) abuso sexual de crianças e adolescentes;
c) prostituição infantil e juvenil;
d) abandono e sistema de internação (privação de liberdade);
e) trabalho infantil e exploração do trabalho escravo infantil e juvenil.

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Neste sábado foram selecionadas notícias que reportavam o crescente aumento de bebês abandonados em sacos de lixo e crianças que sofrem maus tratos por parte de pais, padrastos, madrastas e outros parentes. As notícias foram vinculadas recentemente pela mídia.

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Participaram dos laboratórios os atores Elenir Rodrigues, Graciele Saldanha, Jocenildo, Ana Célia, Suza Seixas, Michel Ferreira e Van.

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Para conhecer detalhes sobre o projeto ou participar do seu desenvolvimento acesse:

www.ciacaracol.blogspot.com.

Teatro Popular e Teatro do Oprimido são temas de oficina na Fundação CASA

No início de setembro a Fundação CASA (ex-Febem) e o CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) iniciaram o Projeto Educação com Arte: Oficinas Culturais. O Projeto conta com oficinas de diversas modalidades, entre elas capoeira, dança de rua e teatro. A oficina de teatro na UI (Unidade de Internação) 22, UI 27, UI 28 e UI 37 no Complexo da Raposo Tavares será ministrada por Asdrúbal Serrano que disponibilizará aos internos diversos laboratórios pontuais e semanais. A oficina será desenvolvida a partir da junção de três eixos teóricos e práticos estruturantes. Os eixos compreendem as técnicas do arsenal do Teatro do Oprimido (Augusto Boal), do Teatro Dialético (Brecht), Teatro Popular Brasileiro (Solano Trindade) e as técnicas de produção dramatúrgica do Teatro União e Olho Vivo (César Vieira).