quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Fórum Social Mundial: Guerreiros Urbanos no Sábado-Feira

Milhares de homens e mulheres, integrantes de organizações, redes, movimentos sociais e sindicatos, de todas as partes do mundo, realizam no dia 26 de janeiro um ato global para mostrar que um outro mundo é possível.A ação será marcada por debates, marchas, encontros, discursos e intervenções culturais, que irão conectar simultaneamente o global e o local, expressando as múltiplas vozes da diversidade mundial. No Centro de Eventos do Colégio São Luis, mais de uma centena de instituições sociais e grupos culturais passarão o dia expondo seus trabalhos, com a finalidade de compartilhar experiências, idéias e propostas que podem ajudar a mudar o mundo. Nos palcos do Sábado-Feira, ocorrem apresentações musicais, de poesias, performances e teatro. Também estão programadas rodas de conversas sobre os temas que mobilizam a galáxia do Fórum Social Mundial. Além de manter um estande no Sábado-Feira, haverá a apresentação do espetáculo Guerreiros Urbanos, da Cia. Caracol de Teatro Popular está marcada para às 15h. OTeatro Popular União e Olho Vivo fará intervenções durante o evento.
Local: Centro de Eventos São Luis, Rua Luis Coelho 323, Metrô Consolação.

Augusto Boal, do Teatro do Oprimido recebe indicação para o Prêmio Nobel 2008

A imprensa quase não divulgou, mas neste ano teremos a indicação de um grande brasileiro para o Prêmio Nobel da Paz. Portanto, gostaria de solicitar a sua ajuda para a divulgação da conquista do Augusto Boal para esta importante titulação.

Precisamos de cartas de apoio de pessoas simples, importantes, trabalhadoras, honestas, de amigos, parceiros e influentes.

Importante dizer que, para que esta indicação se torne realidade e Augusto Boal possa ser laureado com o Nobel da Paz 2008, é fundamental que este apoio se dê de forma prática, ou seja, até o próximo dia 31 de janeiro, deve-se enviar uma carta pelo correio para o comitê norueguês (vide endereço abaixo) escrevendo brevemente o motivo desta indicação e explicando quem está indicando, falando sobre sua entidade e/ou cargo que ocupa.

As indicações podem ser feitas especialmente por professores universitários, entidades de direitos humanos e cultura, membros dos poderes legislativo, executivo e judiciário, pessoas simples, entre outros. Se concordar, por favor, solicitamos que repasse esta informação para outros professores universitários e entidades. Qualquer dúvida, entre em contato conosco.

Em anexo, segue o modelo da carta que enviei para o Comitê.

Endereço para onde deve ser enviada a carta pelo correio postal (não eletrônico):
The Norwegian Nobel
Committee Henrik Ibsens
gate 51 NO-0255 OSLO Norway
tel. - +47 22 129300 fax - + 4722 12 93 10
Mais informações: http://br.f500.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=geobritto@ctorio.org.br

Quem é Augusto BOAL

Augusto Boal é um homem coerente. Toda sua vida foi pautada pela coerência simbolizada na frase que adota, e que melhor o define: “O Pior Inimigo da Paz é a Passividade!”

Em busca da Paz, Augusto Boal jamais foi passivo na sua vida artística e cidadã. Como artista e professor de teatro, desde 1956 ensinou jovens autores e atores a criarem um teatro que, nos palcos, buscasse revelar a Identidade nacional através da Diversidade de nossas origens: afirmação da Identidade, respeito à Alteridade.

Com a sua maior criação, o Teatro do Oprimido, Augusto Boal sempre buscou, através do Diálogo, restituir aos oprimidos o seu direito à palavra e o seu direito de ser.

Com a ajuda dos seus mais de vinte livros publicados em dezenas de línguas, e dos mais de trinta livros escritos por outros autores sobre sua obra, Augusto Boal sempre buscou, através do Teatro, Humanizar a Humanidade.

Sempre trabalhou com Multiplicadores e não simples consumidores: “Só aprende quem ensina” - é o lema que norteia sua vida profissional. A Multiplicação e a Solidariedade são elementos fundamentais na sua pedagogia, na sua arte, e na sua Ética.

Assim foram criados centenas de Grupos e Centros de Teatro do Oprimido espalhados pelo Brasil e pelo mundo que tratam de temas prioritários da nossa civilização em busca de soluções adequadas.

Na África, o problema central tem sido o flagelo da AIDS/DST e a miséria: Moçambique, Guiné-Bissau, Angola, Senegal e outros paises.

Na Ásia, - especialmente na Índia onde a Federação de Teatro do Oprimido reuniu em Outubro de 2007, na Wellington Square em Calcutá, mais de 12 mil praticantes de TO -, o tema principal é a violência contra a mulher e o alcoolismo. No Paquistão, o direito dos camponeses à cultivarem suas terras; no Nepal, a busca de uma Constituição monárquico-republicana adequada às necessidades do povo.

Em Zonas de Conflito, étnico ou religioso, como entre Palestina e Israel, ou no Sudão, grupos regionais aplicam as Técnicas do Teatro do Oprimido para apaziguarem seus sangrentos conflitos.

Na Europa, em quase todos os grandes países ocidentais, da Península Ibérica ao Cáucaso, da Escandinávia ao Mar Mediterrâneo, o Teatro do Oprimido é usado como forma auxiliar de Psicoterapia, no Trabalho Social, e na Educação.

O mesmo acontece nas três Américas, principalmente nos meios universitários dos Estados Unidos e Canadá, em Porto Rico e, mais recentemente, em comunidades da Argentina, Uruguai e Bolívia.

No Brasil, o Centro do Teatro do Oprimido dirigido por Augusto Boal trabalha em várias vertentes:

TEATRO NA EDUCAÇÃO – em escolas onde se desenvolve uma nova pesquisa, a Estética do Oprimido, restaurando as capacidades estéticas de todo ser humano de produzir teatro, música, artes plásticas, poesia e narrativas: Palavra, Imagem e Som: o Pensamento Sensível e o Pensamento Simbólico unidos na melhor compreensão do mundo.

TEATRO DAS PRISÕES onde se busca pacificar as tradicionais hostilidades entre funcionários e presidiários, entre as prisões e as populações locais, através da criação de “Espaços de liberdade dentro os muros da prisão” - os presidiários estão presos no espaço mas tem o tempo livre: há que aproveitá-lo.

TEATRO NA SAÚDE MENTAL – onde se busca enquadrar os “Delírios Patológicos dentro dos quadros estruturados dos Delírios Artísticos”.

TEATRO DO OPRIMIDO NOS PONTOS DE CULTURA - O Teatro do Oprimido tem provado ser potente ferramenta para a conscientização de todos que o praticam. Assim, é necessário que todos o pratiquem - esta é a ambição maior de Augusto Boal: que todos os seres humanos, sejam quais forem suas profissões, gêneros, etnias ou condições sociais, desenvolvam o teatro e todas as artes que trazem em si, para que se possam alcançar os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “... que a Liberdade, a Justiça e a Paz tenham por base o reconhecimento da dignidade intrínseca e dos direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana”.

Este é Augusto Boal, um homem coerente.